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09 12 CentroClima noticia CombustivelFosseisO Centro de Estudos Integrados sobre Meio Ambiente e Mudanças Climáticas da COPPE/UFRJ concluiu o projeto PPE-21197, realizado para o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) no período de novembro de 2017 a março de 2020. Este estudo permite que o Governo do Brasil, através do MCTI, consiga atualizar as estimativas das emissões de gases de efeito estufa ao longo de toda a cadeia da prospecção até o uso final de combustíveis fósseis. O projeto desenvolveu metodologias para aperfeiçoar o cálculo das estimativas das emissões a partir dos dados disponíveis, fortalecendo a capacidade de planejamento de medidas para sua mitigação.

Atualmente, o Brasil contabiliza grandes emissões de gases referentes à queima de combustível e emissões fugitivas, nas indústrias de energia, de transformação e de construção, transportes e outros setores. Com as metodologias desenvolvidas pelo Centro Clima, é possível atualizar as estimativas das emissões de gases de efeito estufa (dióxido de carbono, metano, óxido nitroso e outros) desses setores. Isso possibilita a formulação de estratégias para aumentar a produtividade no uso da energia utilizada, garante o professor Emilio Lèbre La Rovere, coordenador técnico do Inventário no Setor Energia em conjunto com a pesquisadora Carolina Dubeux, ambos integrantes da Rede Clima (Rede Brasileira de Pesquisas sobre Mudanças Climáticas Globais do MCTI).

“Os resultados espelham realidades que servem para o planejamento do setor de transporte, do setor industrial e também de uma maior eficiência no uso da energia [nesses setores], na área residencial e na própria geração de energia elétrica”, analisa o professor.

O setor de energia é um dos cinco setores que compõem o Inventário Nacional de Emissões e Remoções Antrópicas de Gases de Efeito Estufa (GEE), coordenado pelo MCTI. Este é um dos itens da Comunicação Nacional do Brasil à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (CQNUMC), que é um tratado internacional para o Meio Ambiente resultante da Conferência das Nações Unidas realizada em 1992, conhecida informalmente como a “Cúpula da Terra”.

A pesquisadora Carolina, do CentroClima da COPPE/UFRJ, destaca um outro aprimoramento do Inventário Nacional com a apresentação dos resultados de acordo com a estrutura prevista pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas de 2016 (IPCC, na sigla em inglês). “Não é apenas uma questão de mudança e melhoria de fórmulas, mas uma estrutura do trabalho”, avalia. Nos Inventários Nacionais anteriores, o Brasil relatava as emissões de GEE do Setor Energia seguindo a estrutura de divulgação do Balanço Energético Nacional (BEN). Ao adotar a estrutura recomendada pelo IPCC 2006, o Brasil reorganizou a disposição de suas informações de modo a permitir a comparabilidade dos resultados entre países da Convenção do Clima.

Portanto, o Brasil, um dos maiores consumidores de energia, poderá ter agora, a partir dos estudos desenvolvidos pelo Centro Clima, expectativas de “produzir mais com menos”. “Há um potencial de se produzir a mesma quantidade de bens e serviços com menos energia”, analisa o professor. Os pesquisadores também concluem que um dos desafios para o aprimoramento das estimativas se refere ao levantamento de informações sobre a eficiência energética do parque industrial brasileiro, considerando dados atualizados das condições de operação e de manutenção.

Clique AQUI e confira mais sobre o projeto.

Fonte: Governo Federal

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