No dia 13 de novembro de 2018, ocorreu o Seminário Rio 2030, organizado pela Subsecretaria de Planejamento e Acompanhamento de Resultados e seu Escritório de Planejamento da Prefeitura do Rio de Janeiro.
O seminário teve como objetivo inspirar técnicos de diferentes áreas da Prefeitura para a construção da visão de médio e longo prazo, como parte do processo de elaboração do Plano de Desenvolvimento Sustentável. O evento se centrou em olhar para 2050 e pensar em qual tipo de cidade construiremos. Assim, uma das perguntas norteadoras foi: quais passos o Rio precisa dar, partindo do ponto em que se encontra, para cumprir o que propõe a agenda 2030, em linha com as metas dos ODS.
Dentro deste evento, o Professor Emílio Lèbre La Rovere participou da mesa "Cidade saudável, inclusiva, equitativa" junto a demais pesquisadores do tema urbano e do que lhe circunda. A mesa buscou debater a construção de políticas e planos integrados para um crescimento compacto, com universalização do acesso à infraestrutura e espaços públicos verdes, seguros e inclusivos, e implementação da agenda de adaptação e mitigação às mudanças climáticas.
Mesa: "Cidade saudável, inclusiva, equitativa"
Palestrantes:
Emílio La Rovere (UFRJ) – As mudanças climáticas e as perspectivas para a cidade;
Victor Andrade (LABMOB) – Mobilidade e espaços públicos ativos e seguros;
Vera Tângari (UFRJ) – Crescimento da cidade e pressão sobre áreas frágeis e infraestrutura;
Thiago Vasconcellos Barral Ferreira (EPE) – Planejamento energético para o país e as perspectivas da estrutura energética.
Data: 13.11.2018
Horário: 9 às 18 horas
Local: Auditório do Planetário do Rio.
Confira o convite do seminário aqui
Saiba mais sobre o Plano de Desenvolvimento Sustentável da Cidade do Rio de Janeiro aqui
Pesquisadores de 8 países discutem na COPPE, nos dias 26 e 27 de novembro, os avanços de estudos de modelagem econômica do enfrentamento da mudança global do clima.
Esses estudos são fundamentais para o entendimento das implicações econômicas e sociais da mudança global do clima sobre as economias nacionais. Além dos impactos ambientais das mudanças climáticas, causadas pelas emissões de dióxido de carbono e outros gases de efeito estufa (GEE), também as tecnologias introduzidas para seu enfrentamento acarretam consequências econômicas e sociais, tais como: alterações no nível de crescimento econômico (PIB), de preços (inflação), de emprego (taxas de desemprego), de renda e consumo de faixas mais baixas de renda (efeitos sobre a distribuição de renda).
Os modelos macroeconômicos tradicionais, de equilíbrio geral, não são adequados para a análise dessas questões, por terem sido desenvolvidos para análises de curto prazo que não incorporam a dinâmica das inovações tecnológicas, crucial para um desafio como a mudança do clima, que deve permanecer no longo prazo.
Assim, desde o seu segundo Relatório de Avaliação, publicado em 1996, o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) preconiza o desenvolvimento e aplicação de modelos matemáticos específicos para a avaliação dessas implicações: modelos híbridos que descrevem variáveis econômicas e sociais mas também ambientais e tecnológicas, incorporando variáveis físicas e monetárias.
O IMACLIM (Imagens do clima), modelo matemático sobre Economia e Mudanças Climáticas, foi elaborado para atender a esta necessidade. Desenvolvido inicialmente como um modelo global por pesquisadores franceses do Centre International de Recherche sur l'Environnement et le Développement (CIRED) de Paris, passou a ser empregado também na análise de diversas economias nacionais: França, Brasil, China, Índia, África do Sul.
Os pesquisadores dos centros responsáveis por sua utilização e pelo seu desenvolvimento para aplicação em outros países (estudos em andamento na Argentina, Rússia e Arábia Saudita), vêm se reunindo anualmente para discutir os resultados de seus estudos.
A Terceira edição desta reunião anual foi organizada pelo Centro Clima do Programa de Planejamento Energético da COPPE/UFRJ, com participações presenciais e também por vídeo conferência de representantes de 8 países. Entre eles, o Professor Jean Charles Hourcade, coautor de diversos relatórios do IPCC, e assessor do governo francês em mudanças climáticas, que iniciou a criação do modelo IMACLIM quando diretor do CIRED.
No Brasil, o IMACLIM foi desenvolvido pelo Centro Clima/ COPPE/UFRJ e vem sendo aplicado em diversos estudos que foram utilizados pelo setor produtivo, a sociedade civil e o governo na tomada de decisões sobre os compromissos brasileiros de proteção ao clima global, tais como:
De um modo geral, esses estudos têm permitido ilustrar, além das ameaças da mudança global do clima ao nosso desenvolvimento econômico e social, também as oportunidades para que o Brasil alcance um desenvolvimento mais sustentável com benefícios econômicos, sociais e ambientais, através de uma transição para uma economia de baixo carbono.
O professor Emilio Lèbre La Rovere apresentou uma palestra no 4º Congresso Brasileiro de CO2 na Indústria do Petróleo, Gás e Biocombustíveis, organizado pelo Instituto Brasileiro de Petróleo - IBP. O evento ocorreu nos dias 28 e 29 de junho de 2018, no Hotel Prodigy Santos Dumont, Centro, no Rio de Janeiro – RJ.
O Congresso teve como objetivo divulgar e debater aspectos técnico-científicos associados ao CO2 na Indústria, promovendo a integração de indústrias, empresas de serviço, associações, agências governamentais, centros de pesquisa e universidades.
A palestra “Implicações Econômicas e Sociais de Cenários de Emissão de Gases de Efeito Estufa no Brasil até 2050” ocorreu no dia 29 de junho no painel “CO2 e a Economia do Baixo Carbono”. Dentre os tópicos apresentados, pode-se destacar a análise do potencial de redução das emissões fugitivas de GEE de plataformas de petróleo.
Confira a programação do evento aqui
Confira os slides da palestra aqui
No dia 14 de novembro de 2018, uma semana antes da Cúpula do G20 na Argentina e da COP24 na Polônia, o Climate Transparency irá lançar o Relatório Brown to Green 2018. O lançamento será feito virtualmente, através do Webinar, uma plataforma virtual.
Este documento foi elaborado com a contribuição do CentroClima, que participa do projeto Climate Transparency. Um dos participantes do evento será o pesquisador do CentroClima, William Wills.
Trata-se de uma revisão das práticas do G20 para combater as alterações climáticas. Cobrindo 80 indicadores, ele contém informações acerca das ações de mitigação e de financiamento, e acerca da vulnerabilidade dos países envolvidos. Seu objetivo principal é fomentar debates dentro das nações e orientar os autores de leis com o conhecimento adequado sobre este tema, especialmente antes destes dois grandes eventos.
Data: 14/11/2018
Horário: às 13h no Brasil ou às 15h UTC
Confira a programação aqui
Para mais informações, confira o site do Climate Transparency aqui
The conference "Green transformation and competitive advantage: Evidence from developing countries" was hosted by the German Development Institute/Deutsches Institut für Entwicklungspolitik (DIE), Green Growth Knowledge Platform (GGKP), and Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ). It was held in 18 and 19 of June 2018 in Bonn, Germany.
The discussion surrounds topics such as how developing countries seem to be committing with more effort to decarbonizing its economies following the directives of the Paris Agreement. The objective was to show the co-benefits and costs of green transformations as an opposition to the ‘grow first and clean up later’ strategy.
In this Conference, Centro Clima’s researchers, Emilio Lèbre La Rovere, William Wills and Carolina Grottera, presented a talk on the economic and social co-benefits and costs of a green transformation in Brazil. The presentation reveals the economic implications of low-carbon scenarios, such as impacts on GDP, inflation, public debt, trade balance, energy-intensive industry competitiveness, and the social implications as well, such as employment, consumption of low-income classes and income distribution.
Analyzing the IES-Brazil Project, which studies the economic and social implications for Brazil of adopting low carbon scenarios, the researchers concluded that:
1. The transition to a low carbon economy can be done with only minor negative economic and social implications in the Brazilian case if appropriate policies are pursued;
2. Under low GDP growth rates and with a long period of a high carbon price the negative social impacts may be slightly regressive, requiring appropriate compensation measures to protect the poor;
3. Even with a great mitigation potential at low costs the challenge of financing the additional investment required in low carbon scenarios is huge due to much higher upfront costs, requiring: appropriate regulatory framework to reduce risks of investing in low carbon infrastructure; and access to capital markets at fair conditions;
4. International cooperation is required to stimulate emerging economies like Brazil to embark on the transition to a low carbon economy.
Check out the presentation “Economic and social co-benefits and costs of a green transformation in Brazil” here
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