No dia 23 de Abril, às 14h, será realizado o próximo evento V GCLIMA. Em 2013, a cidade de Recife foi selecionada pelo ICLEI – Governos Locais pela Sustentabilidade para ser uma das cidades modelo do projeto Urban LEDS (Promovendo Estratégias de Desenvolvimento Urbano de Baixo Carbono). Nesse contexto, o evento visa fazer uma avaliação das metas de redução de emissões para a Cidade do Recife.
O V GCLIMA terá apresentação dos principais resultados do Inventário de 2016 e 2017 na cidade e contará com a presença do Prof. Emílio La Rovere, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, membro-participante do Painel Intergovernamental de Mudança do Clima (IPCC), responsável pelo Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa e Plano de Redução de Emissões da Cidade do Rio de Janeiro, no qual contará sobre a experiência desta Cidade na avaliação de suas metas.
Data: 23 de abril de 2019
Horário: 14h
Local: Sala de reunião da Secretaria de Planejamento Urbano – 5° andar – Edifício Sede da Prefeitura do Recife. Av. Cais do Apolo, 925, Bairro do Recife, Recife/PE.
Para mais informações sobre o evento, clique AQUI.
O Fórum Clima acontecerá no dia 25 de abril, no Centro Empresarial Firjan, com início às 08:30h. Nessa edição, o objetivo é discutir o papel da ação climática, sob a ótica dos estados brasileiros e avaliar onde estamos, global e nacionalmente, em relação ao tema da adaptação e da mitigação das Mudanças Climáticas e pensar em quais são os riscos e oportunidades para o Brasil.
O evento contará com a presença da Prof°. Suzana Kahn (Programa de Engenharia de Transportes/COPPE/UFRJ) que participará da abertura do Fórum Clima e também com a presença do Prof. Emilio La Rovere (coordenador do Centro Clima/UFRJ) que participará da mesa de encerramento, além de muitos outros especialistas na área.
O Fórum Clima é organizado pelo FBMC/Centro Brasil no Clima (CBC)/Instituto Ondazul, com apoio da FIRJAN.
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Estudo realizado por pesquisadores de 16 países que respondem por 74% das emissões mundiais de gases de efeito estufa concilia as estratégias desses países com as metas do Acordo de Paris, o qual limita o aquecimento global a 2ºC acima dos níveis pré-industriais. Os resultados desse trabalho foram publicados em artigo, na Nature Climate Change, dia 25 de março, que tem entre seus autores o professor Emilio La Rovere, e o pesquisador Cláudio Gesteira, ambos do Programa de Planejamento Energético da Coppe/UFRJ, sob o título “A pathway design framework for national low greenhouse gas emission development strategies”.
Os pesquisadores desenvolveram caminhos para que 16 países cheguem à metade do século com baixas emissões de CO2 e equivalentes. Esse trabalho é fruto de uma colaboração entre pesquisadores de diferentes países, reunidos no “Deep Decarbonization Pathways Project (DDPP)”. No artigo, os autores descrevem como o framework inovador pode apoiar o desenvolvimento de estratégias setoriais e tecnológicas em cada país consistentes com as metas climáticas do Acordo de Paris.
O projeto é coordenado pelo Instituto pelo Desenvolvimento Sustentável e Relações Internacionais (IDDRI) e pela Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável (SDSN).
A proposta do DDPP é estabelecer uma abordagem metodológica que combine elementos-chave dos Modelos de Avaliação Integrada (IAM) globais e a literatura de estudos das economias nacionais, setor a setor, “de baixo pra cima”. Isso permite a formulação de estratégias nacionais consistentes com as circunstâncias locais e as prioridades políticas de cada país.
De acordo com os pesquisadores, a evolução das tecnologias, condições socioeconômicas e políticas levam a uma grande incerteza a previsões e mesmo a cenários exploratórios. Neste contexto, métodos tradicionais para análise de risco e tomada de decisão não seriam apropriados. A identificação de diferentes estratégias em resposta aos vários futuros plausíveis apoia um processo de tomada de decisão adaptativo, que permite aos agentes políticos aprenderem e se ajustarem a esta evolução.
As projeções dos IAMs ajudaram a demonstrar que o cenário global de baixa emissão é possível, esclarecendo que a meta de restringir o aquecimento global a 1,5ºC requer que o “resultado líquido” (diferença entre emissão e captura de CO²) seja zero ou mesmo negativo até 2050-2075.
A meta climática do Acordo de Paris é segurar o aumento da temperatura média global no limite de 2ºC acima dos níveis pré-industriais e envidar esforços para que esse aumento, na verdade, seja limitado a 1,5ºC. Isso requer emissões zero (cada emissão “positiva” seria compensada por captura de carbono) de gases causadores de efeito estufa (GEE), na segunda metade do século XXI, como forma de respeitar o limite (“budget”) de até 1.200 gigatoneladas de equivalentes de CO2 remanescentes a serem emitidas.
Segundo o professor Emílio La Rovere, o estudo foi calibrado tendo como meta limitar o aquecimento global em 2ºC. “O cenário de 1,5ºC é o cenário tido como ótimo, mas fica cada vez mais improvável devido à demora dos países em caminharem nesse sentido”, avalia La Rovere, ressaltando que para que as metas globais sejam viabilizadas, as políticas devem ser efetivas em nível nacional.
O Acordo requer que as Partes submetam Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs na sigla em inglês), representando o compromisso voluntário de cada país, no horizonte de 10 a 15 anos, à luz dos objetivos acordados coletivamente. As NDCs devem ser relacionadas a outras metas de desenvolvimento, como as Metas de Desenvolvimento Sustentável (SDGs), que incluem mitigação da pobreza, geração de empregos e acesso à energia. Devido à notória falta de ambição da primeira rodada de NDCs, o Acordo de Paris requer que as Partes submetam novas metas a cada cinco anos.
O artigo completo pode ser lido AQUI.
Fonte: COPPE UFRJ
Em 8 de março de 2019, a cidade do Rio de Janeiro enfrentou um forte temporal que provocou alagamentos e deslizamentos, deixando dez mortos. Às 20h55, a cidade entrou em estágio de crise, que é o mais preocupante dos três níveis da Defesa Civil. Além disso, devido aos estragos causados pelas chuvas, o prefeito Marcelo Crivella (PRB) decretou situação de calamidade pública, que só veio a se regularizar uma semana depois.
Cinquenta e nove sirenes foram tocadas em trinta e seis comunidades em situação de risco. Porém, em outras localidades na mesma situação, esse alarme não chegou a ser ativado. Um exemplo disso é o Morro da Babilônia, no qual houve um deslizamento que deixou três mortos e não soou nenhum alarme. Esse problema ocorre por conta do estabelecimento de um padrão único de índice pluviométrico para todas essas comunidades, embora cada uma tenha a sua particularidade. Logo, de um lado surgem críticas à falta de precisão desses mecanismos emergenciais e por outro lado surge uma crítica ainda mais séria, que é justamente sobre a falta de políticas públicas para evitar tais tragédias ocasionadas pelas chuvas.
O prefeito da cidade, Marcelo Crivella, relacionou o aquecimento global aos temporais da última semana. Estudos elaborados há mais de dez anos já alertavam sobre os impactos da mudança global do clima no Rio. Além disso, a COPPE/UFRJ também desenvolveu uma Estratégia de Adaptação às Mudanças Climáticas da Cidade do Rio de Janeiro, em estudo para a Prefeitura, realizado em 2016. Em uma entrevista ao jornal O Dia, o Prof. Dr. Emilio La Rovere, coordenador do Centro Clima da Coppe/UFRJ, criticou o que ele entende por transferência de responsabilidade. Segundo Emilio, se houvesse uma maior atenção aos estudos produzidos — e um investimento gradual em políticas públicas para melhoria na infraestrutura da cidade — essa situação poderia ter sido evitada.
O prefeito, em outro momento, admitiu falhas em sua gestão, mas também transferiu a culpa das tragédias para a União, acusando o não recebimento suficiente de verba para tocar projetos de melhorias na cidade. Além dos danos relatados, o Museu da Casa do Pontal, principal centro de arte popular no país, sofreu sua maior inundação. O espaço, que conta com um acervo de quatro mil obras, sofre com os alagamentos há oito anos. A Casa do Pontal busca construir uma nova sede para encerrar essa situação que ameaça parte desse acervo, uma obra foi iniciada em um terreno cedido pela Prefeitura do Rio, mas a construção foi interrompida há aproximadamente vinte meses.
Os fortes temporais trouxeram à tona os diversos problemas estruturais da Cidade Maravilhosa. Com eles, surge a necessidade de implantar soluções que trabalhem com estratégias de adaptação a um novo clima em curto, médio e longo prazo e evitar, assim, que mais tragédias como as da última semana continuem acontecendo.
O encontro pretende mostrar alguns desafios e ações desenvolvidas para mitigar os efeitos das mudanças do clima
Apresentar alguns dos problemas, avanços e desafios do estado, propor investimentos no setor de energias renováveis além de discutir a experiência de um dos países mais avançados em investimentos em energia limpa e conhecer suas ações no setor de adaptação às mudanças do clima e as novas tecnologias de baixo carbono. Essas são algumas propostas do “Seminário: Mudanças do Clima e Energias Renováveis”, que será realizado pelo Governo de Pernambuco, por meio das secretarias Estaduais de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas/PE), Infraestrutura e Recursos Hídricos e Desenvolvimento Econômico, em parceria com Consulado Geral da China em Recife. O seminário acontece no dia 24 de abril, no Auditório do Banco Central do Brasil, no bairro de Santo Amaro.
O encontro contará com a presença de uma comitiva da Província de Qinghai, entre eles o vice-govenador, Wang Liming, além de um grupo de representantes das principais empresas chinesas do setor de energias renováveis. A ideia é estreitar as relações entre o Estado de Pernambuco e a China, assim como, compartilhar experiências no campo de políticas de baixo carbono, energia renovável e setores relacionados. A iniciativa é também uma oportunidade de apresentar o potencial de investimentos no setor de energia em Pernambuco e no arquipélago de Fernando de Noronha. Além disso, o evento contará com a presença do Prof°. Dr°. Emílio Lèbre La Rovere, coordernador do Centro Clima, que apresentará a conferência de abertura do evento.
Os desafios com relação às mudanças climáticas já fazem parte das ações do Governo de Pernambuco, que em 2015 instituiu o Programa Pernambucano de Micro e Minigeração de Energia Solar (PE Solar). O programa visa estimular e fomentar o mercado fornecedor de equipamentos e serviços para a indústria de energia solar. Também busca incentivar a criação de empresas locais para a instalar este tipo de sistemas solar em instalações para pessoa física e jurídica em todo o Estado.
A China está entre os maiores produtores e consumidores de energia do mundo. Apesar de ser o maior emissor de gases do efeito estufa (GEE), sendo o carvão a principal fonte energética, o país asiático é um dos que mais investe em energia limpa do planeta, tendo a maior capacidade instalada de energia eólica. Eles também exportam painéis solares fotovoltaicos para todo o mundo.
Entre as apresentações do seminário estão o Panorama da Política das Mudanças Climáticas e as contribuições do setor de energia no Brasil; o Plano estadual de Mudanças Climáticas de Pernambuco, suas contribuições, avanços e desafios; os Desafios da Transposição do Rio São Francisco; Florestas Energéticas, mais uma alternativa no cenário das Energias Renováveis, entre outras.
Serviço: Seminário: Mudanças do Clima e Energias Renováveis
Data e horário: 24 de Abril de 2019 - 8:30h às 17:30h
Local: Auditório do Banco Central do Brasil, na Rua da Aurora , nº 1259 - Bairro de Santo Amaro.
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