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15 05 CentroClima NoticiaO Fórum Clima Subnacional, aconteceu no dia 25 de abril de 2019, organizado pelo FBMC/Centro Brasil no Clima (CBC)/Instituto Ondazul, com apoio da FIRJAN e ABEMA e parceria do Instituto Clima e Sociedade (iCS) e Climate Reality Project. O evento foi a primeira resposta à ofensiva dos negacionistas climáticos do governo, de forma sutil e não conflituosa, introduzindo uma equação de poder. Agora, temos no quadro o peso político dos Estados e sua influência em diferentes questões discutidas pelo Congresso.

Seis governadores enviaram, através de vídeos, seus endossos à ideia de que estados brasileiros devem assumir um papel de liderança na questão da mudança climática, permanecer ligados ao Acordo de Paris e dar sua contribuição à NDC brasileira. Foram eles: João Doria (SP), Eduardo Leite (RS), Renato Casagrande (ES) - que também compareceu pessoalmente -, Paulo Câmara (PE), Helder Barbalho (PA) e Romeu Zema (MG). Outros seis entes (Paraná, Rio Grande do Norte, Mato Grosso do Sul, Amapá, Amazonas e Distrito Federal) enviaram representantes como Secretários e Subsecretários ou outros funcionários de alto nível ligados à questão climática. Já são 12 estados que apoiam oficialmente e participam do conselho de governança climática subnacional. Em um curto período, pode-se adicionar pelo menos mais 8. Assim, serão 20 dos 27 estados brasileiros compromissados com a questão. 

O evento, que aconteceu no Rio de Janeiro, contou com a participação do Prof. Emilio Là Rovere, coordenador do Centro Clima da COPPE/UFRJ, que participou da mesa de encerramento, e também com a participação da Prof°. Suzana Kahn, professora da COPPE/UFRJ e ex-vice-presidente do Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC). Entre os participantes do evento, estavam dois ex-ministros do Meio Ambiente, Izabella Teixeira e José Sarney Filho, além de organizações empresariais como o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) e Ethos, importantes empresas como Braskem e ABIQUIM e personalidades de importantes organizações como o iCS, C40, Observatório do Clima, ICLEI e outros.

O Fórum teve uma intensa cobertura televisiva e repercussão internacional. Confira em: Jornal NacionalGlobo NewsJornal da GloboReutersValor EconômicoAgência BrasilUOL Notícias.

 

25 04 CentroClima NoticiaNo dia 23 de Abril, às 14h, será realizado o próximo evento V GCLIMA. Em 2013, a cidade de Recife foi selecionada pelo ICLEI – Governos Locais pela Sustentabilidade para ser uma das cidades modelo do projeto Urban LEDS (Promovendo Estratégias de Desenvolvimento Urbano de Baixo Carbono). Nesse contexto, o evento visa fazer uma avaliação das metas de redução de emissões para a Cidade do Recife.

O V GCLIMA terá apresentação dos principais resultados do Inventário de 2016 e 2017 na cidade e contará com a presença do Prof. Emílio La Rovere, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, membro-participante do Painel Intergovernamental de Mudança do Clima (IPCC), responsável pelo Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa e Plano de Redução de Emissões da Cidade do Rio de Janeiro, no qual contará sobre a experiência desta Cidade na avaliação de suas metas.

Data: 23 de abril de 2019
Horário: 14h
Local: Sala de reunião da Secretaria de Planejamento Urbano – 5° andar – Edifício Sede da Prefeitura do Recife. Av. Cais do Apolo, 925, Bairro do Recife, Recife/PE.

Para mais informações sobre o evento, clique AQUI.

17 04 CentroClima Noticia 2Em 8 de março de 2019, a cidade do Rio de Janeiro enfrentou um forte temporal que provocou alagamentos e deslizamentos, deixando dez mortos. Às 20h55, a cidade entrou em estágio de crise, que é o mais preocupante dos três níveis da Defesa Civil. Além disso, devido aos estragos causados pelas chuvas, o prefeito Marcelo Crivella (PRB) decretou situação de calamidade pública, que só veio a se regularizar uma semana depois.

Cinquenta e nove sirenes foram tocadas em trinta e seis comunidades em situação de risco. Porém, em outras localidades na mesma situação, esse alarme não chegou a ser ativado. Um exemplo disso é o Morro da Babilônia, no qual houve um deslizamento que deixou três mortos e não soou nenhum alarme. Esse problema ocorre por conta do estabelecimento de um padrão único de índice pluviométrico para todas essas comunidades, embora cada uma tenha a sua particularidade. Logo, de um lado surgem críticas à falta de precisão desses mecanismos emergenciais e por outro lado surge uma crítica ainda mais séria, que é justamente sobre a falta de políticas públicas para evitar tais tragédias ocasionadas pelas chuvas.

O prefeito da cidade, Marcelo Crivella, relacionou o aquecimento global aos temporais da última semana. Estudos elaborados há mais de dez anos já alertavam sobre os impactos da mudança global do clima no Rio. Além disso, a COPPE/UFRJ também desenvolveu uma Estratégia de Adaptação às Mudanças Climáticas da Cidade do Rio de Janeiro, em estudo para a Prefeitura, realizado em 2016. Em uma entrevista ao jornal O Dia, o Prof. Dr. Emilio La Rovere, coordenador do Centro Clima da Coppe/UFRJ, criticou o que ele entende por transferência de responsabilidade. Segundo Emilio, se houvesse uma maior atenção aos estudos produzidos — e um investimento gradual em políticas públicas para melhoria na infraestrutura da cidade — essa situação poderia ter sido evitada.

O prefeito, em outro momento, admitiu falhas em sua gestão, mas também transferiu a culpa das tragédias para a União, acusando o não recebimento suficiente de verba para tocar projetos de melhorias na cidade. Além dos danos relatados, o Museu da Casa do Pontal, principal centro de arte popular no país, sofreu sua maior inundação. O espaço, que conta com um acervo de quatro mil obras, sofre com os alagamentos há oito anos. A Casa do Pontal busca construir uma nova sede para encerrar essa situação que ameaça parte desse acervo, uma obra foi iniciada em um terreno cedido pela Prefeitura do Rio, mas a construção foi interrompida há aproximadamente vinte meses.

Os fortes temporais trouxeram à tona os diversos problemas estruturais da Cidade Maravilhosa. Com eles, surge a necessidade de implantar soluções que trabalhem com estratégias de adaptação a um novo clima em curto, médio e longo prazo e evitar, assim, que mais tragédias como as da última semana continuem acontecendo.

17 04 CentroClima NoticiaO Fórum Clima acontecerá no dia 25 de abril, no Centro Empresarial Firjan, com início às 08:30h. Nessa edição, o objetivo é discutir o papel da ação climática, sob a ótica dos estados brasileiros e avaliar onde estamos, global e nacionalmente, em relação ao tema da adaptação e da mitigação das Mudanças Climáticas e pensar em quais são os riscos e oportunidades para o Brasil.

O evento contará com a presença da Prof°. Suzana Kahn (Programa de Engenharia de Transportes/COPPE/UFRJ) que participará da abertura do Fórum Clima e também com a presença do Prof. Emilio La Rovere (coordenador do Centro Clima/UFRJ) que participará da mesa de encerramento, além de muitos outros especialistas na área.

O Fórum Clima é organizado pelo FBMC/Centro Brasil no Clima (CBC)/Instituto Ondazul, com apoio da FIRJAN.

Para se inscrever, acesse AQUI.
Confira a programação do evento e outras informações AQUI.

11-04-19 centroclima noticiaEstudo realizado por pesquisadores de 16 países que respondem por 74% das emissões mundiais de gases de efeito estufa concilia as estratégias desses países com as metas do Acordo de Paris, o qual limita o aquecimento global a 2ºC acima dos níveis pré-industriais. Os resultados desse trabalho foram publicados em artigo, na Nature Climate Change, dia 25 de março, que tem entre seus autores o professor Emilio La Rovere, e o pesquisador Cláudio Gesteira, ambos do Programa de Planejamento Energético da Coppe/UFRJ, sob o título “A pathway design framework for national low greenhouse gas emission development strategies”.

Os pesquisadores desenvolveram caminhos para que 16 países cheguem à metade do século com baixas emissões de CO2 e equivalentes. Esse trabalho é fruto de uma colaboração entre pesquisadores de diferentes países, reunidos no “Deep Decarbonization Pathways Project (DDPP)”. No artigo, os autores descrevem como o framework inovador pode apoiar o desenvolvimento de estratégias setoriais e tecnológicas em cada país consistentes com as metas climáticas do Acordo de Paris.

O projeto é coordenado pelo Instituto pelo Desenvolvimento Sustentável e Relações Internacionais (IDDRI) e pela Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável (SDSN).

A proposta do DDPP é estabelecer uma abordagem metodológica que combine elementos-chave dos Modelos de Avaliação Integrada (IAM) globais e a literatura de estudos das economias nacionais, setor a setor, “de baixo pra cima”. Isso permite a formulação de estratégias nacionais consistentes com as circunstâncias locais e as prioridades políticas de cada país.

Novos métodos para reduzir as incertezas

De acordo com os pesquisadores, a evolução das tecnologias, condições socioeconômicas e políticas levam a uma grande incerteza a previsões e mesmo a cenários exploratórios. Neste contexto, métodos tradicionais para análise de risco e tomada de decisão não seriam apropriados. A identificação de diferentes estratégias em resposta aos vários futuros plausíveis apoia um processo de tomada de decisão adaptativo, que permite aos agentes políticos aprenderem e se ajustarem a esta evolução.

As projeções dos IAMs ajudaram a demonstrar que o cenário global de baixa emissão é possível, esclarecendo que a meta de restringir o aquecimento global a 1,5ºC requer que o “resultado líquido” (diferença entre emissão e captura de CO²) seja zero ou mesmo negativo até 2050-2075.

A meta climática do Acordo de Paris é segurar o aumento da temperatura média global no limite de 2ºC acima dos níveis pré-industriais e envidar esforços para que esse aumento, na verdade, seja limitado a 1,5ºC. Isso requer emissões zero (cada emissão “positiva” seria compensada por captura de carbono) de gases causadores de efeito estufa (GEE), na segunda metade do século XXI, como forma de respeitar o limite (“budget”) de até 1.200 gigatoneladas de equivalentes de CO2 remanescentes a serem emitidas.

Segundo o professor Emílio La Rovere, o estudo foi calibrado tendo como meta limitar o aquecimento global em 2ºC. “O cenário de 1,5ºC é o cenário tido como ótimo, mas fica cada vez mais improvável devido à demora dos países em caminharem nesse sentido”, avalia La Rovere, ressaltando que para que as metas globais sejam viabilizadas, as políticas devem ser efetivas em nível nacional.

O Acordo requer que as Partes submetam Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs na sigla em inglês), representando o compromisso voluntário de cada país, no horizonte de 10 a 15 anos, à luz dos objetivos acordados coletivamente. As NDCs devem ser relacionadas a outras metas de desenvolvimento, como as Metas de Desenvolvimento Sustentável (SDGs), que incluem mitigação da pobreza, geração de empregos e acesso à energia. Devido à notória falta de ambição da primeira rodada de NDCs, o Acordo de Paris requer que as Partes submetam novas metas a cada cinco anos.

O artigo completo pode ser lido AQUI.

Fonte: COPPE UFRJ

Pesquisadores - Projeto Imagine

Emilio Lèbre La Rovere

Michele Cotta

Michele Cotta holds a degree in Forest Engineering, Master's Degree in Forestry Sc

Lisandra Gomes Mateus

Researcher at the Centro Clima (COPPE/UFRJ) and PhD student at the Energy Planning

Pedro Ninô de Carvalho

Economist, PhD candidate at the Federal University of Rio de Janeiro and the École

Carolina Burle Schmidt Dubeux, D.Sc.

PhD in Energy and Environmental Planning, senior researcher at Centro Clima/COPPE/

Daniel Schmitz, D.Sc.

PhD in Transport Engineering at the Federal University of Rio de Janeiro (Coppe-UF

George Goes, D.Sc.

PhD in Transport Engineering and postdoctoral researcher at the Federal University

Erika Carvalho Nogueira

Environmental Engineer (UFRJ), with a sandwich undergraduate degree from the Austr

Bruna Guimarães

Works as a researcher at the Center for Integrated Studies on Climate Change and t

William Wills, D.Sc.

Senior consultant at CentroClima and director at the Brazilian Climate Center, boa

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