News


23 11 Lima Noticia Convite2020Relatório destaca Brasil como uma das geografias mais vulneráveis às mudanças climáticas.

As instalações de energia limpa estão crescendo de modo sustentado em todas as nações do G20, mas os governos precisam acelerar o abandono dos combustíveis fósseis para cumprir as metas do Acordo de Paris. Essa é a conclusão do relatório Climate Transparency (Transparência Climática) de 2020, uma colaboração anual entre 14 grandes institutos de pesquisa que avaliaram o desempenho climático dos países do G20 em 2019 e os impactos em termos de emissões que as respostas econômicas dos governos à crise da Covid-19 podem gerar. 

Com China, Japão e Coréia do Sul aderindo mais recentemente à corrida pela neutralidade de carbono até meados do século, o relatório identifica identifica a necessidade de se estabelecer metas climáticas mais duras, mas os investimentos de curto prazo ainda não são coerentes com essa tendência. Nesse cenário, os pesquisadores advertem que a ação coletiva do G20 — que representa 75% das emissões globais de gases de efeito estufa — é insuficiente para evitar níveis perigosos de aquecimento global. E alertam que trilhões de dólares direcionados aos pacotes de estímulo em decorrência da pandemia terão as energias fósseis como principais beneficiárias se não forem estabelecidas condicionantes climáticas. Segundo o estudo, treze países já apresentaram planos de resgate de companhias aéreas sem nenhuma contrapartida climática, enquanto metade está subsidiando os setores de gás e carvão. 

O foco principal do relatório Climate Transparency são as emissões de CO2 dos setores de energia do G20. Em 2019, elas caíram pela primeira vez em função do crescimento das energias renováveis e de políticas ambientais e não por choques externos, como ocorreu na crise financeira de 2008-2009. E até o fim deste ano, haverá uma redução de 7,5% em relação aos níveis do ano passado. 

O abastecimento de energia elétrica do G20 continuou fortemente atrelado a combustíveis fósseis (81,5%) em 2019, mas a participação das renováveis aumentou em 19 países no mesmo período, com exceção da Indonésia. As projeções indicam que em 2020 esse crescimento será verificado em todos os membros do grupo, com as renováveis alcançando uma fatia de quase 28% das fontes totais de energia, incluindo as duas únicas economias — Rússia e Arábia Saudita — que não têm políticas de incentivo à energia limpa.  

"Antes da pandemia, os resultados da ação climática estavam se concretizando em alguns setores relacionados à energia e a crise consolidou essas tendências", avalia Jorge Villarreal. "Mas sem novas ações climáticas, esses efeitos serão temporários e as concentrações de CO na atmosfera continuarão a aumentar. As escolhas políticas nos próximos meses determinarão se os países do G20 conseguirão dobrar a curva de emissões de forma sustentável".

Brasil vulnerável

Embora não seja o foco do estudo, o desmatamento foi o principal ponto de preocupação do relatório sobre as emissões brasileiras. “Entre 2012 e 2019 o nível de desmatamento cresceu 122%. Se o desmatamento fugir de controle, as metas estipuladas pelo Brasil em sua NDC não serão alcançadas”, explica William Wills, que liderou a produção do capítulo brasileiro do relatório. “O país precisa reestabelecer e fortalecer suas políticas de combate ao desmatamento ilegal”, alerta o pesquisador sênior do CentroClima/COPPE/UFRJ. 

Além disso, o relatório alerta que o Brasil está entre os países mais vulneráveis aos eventos extremos que já estão sendo intensificados pelas mudanças climáticas e que se tornarão mais mortais em um cenário de aquecimento da atmosfera acima de 1,5°C, ao lado de Austrália, França, Itália, México, Turquia, Índia, Arábia Saudita e África do Sul. Neste grupo, apenas a Arábia Saudita não apresentou um plano de adaptação. O relatório calcula que nos últimos 20 anos, os países do G20 perderam aproximadamente 220 mil vidas e 2,6 trilhões de dólares em decorrência de eventos meteorológicos severos, como ondas de calor, inundações, estiagens e queimadas.

No dia 25/11 será realizado um seminário para a discussão do capítulo brasileiro do relatório do Climate Transparency Report 2020. O evento será realizado em formato online, das 14h às 15h e contará com a participação de Prof. Emilio Lèbre La Rovere (CentroClima/PPE/COPPE/UFRJ), Gustavo Pinheiro (ICS), Alvaro Umaña (Co-fundador do Climate Transparency e Ex-Ministro de Meio Ambiente da Costa Rica), André Guimarães (Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura), Viviane Romeiro (WRI Brasil). 

Lançamento do Climate Transparency Report 2020

Data: 25/11/2020
Horário: 14h às 15:30h
Local: Transmissão Online (Link a confirmar)

Palestrantes:

Prof. Emilio Lèbre La Rovere (CentroClima/PPE/COPPE/UFRJ)
Gustavo Pinheiro (ICS)
Alvaro Umaña (Co-fundador do Climate Transparency e Ex-Ministro de Meio Ambiente da Costa Rica)
William Wills (CentroClima/COPPE/UFRJ)
André Guimarães (Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura)
Viviane Romeiro (WRI Brasil)

file pdfConvite - Lançamento 2020

Clique AQUI e confira o projeto Climate Transparency.

13 11 Lima Noticia2

Em agosto de 2020, o Centro Clima/LIMA/COPPE/UFRJ concluiu o Plano de Adaptação da Termopernambuco S.A., termelétrica do grupo Neoenergia, que é controlada pelo grupo espanhol Iberdrola. Localizada no Porto de Suape, no Estado de Pernambuco, a Termope foi utilizada como empreendimento piloto para a aplicação da proposta metodológica de incorporação do risco climático nas estratégias de negócios da Neoenergia, desenvolvida a partir de agosto de 2019. Este estudo de caso forneceu elementos para no futuro replicar este Plano de Adaptação também nos demais ativos da Neoenergia (hidrelétricas, eólicas e sistemas de transmissão e distribuição de energia elétrica).

A metodologia baseou-se nos princípios e diretrizes da ISO 14090 (Adaptação às Mudanças do Clima) e ISO 31000 (Gestão de Risco), assim como na estrutura conceitual de avaliação e gestão de risco da mudança do clima do Quinto Relatório de Avaliação (AR5) do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC).

Inicialmente, foram identificados os estressores do clima de relevância, os impactos biofísicos associados e respectivas consequências no nível de geração de energia elétrica. A construção de cenários do clima futuro apoiada em séries históricas de informações meteorológicas e oceanográficas e projeções do modelo numéricos de circulação atmosférica Eta/HadGEM2-ES, do INPE, para o cenário de emissão RCP 8.5, permitiu avaliar o comportamento de variáveis como temperatura do ar, precipitação pluviométrica e vento para até 2040, quando é previsto o encerramento das atividades da UTE.

Após a determinação do nível de risco para os perigos climáticos mais relevantes, foram selecionadas potenciais medidas de adaptação físicas e de planejamento às mudanças do clima, tendo em vista reduzir a vulnerabilidade e aumentar a resiliência climática. Além das medidas, foram identificadas lacunas de informação que precisam ser preenchidas para ampliar o conhecimento dos riscos climáticos e embasar a estratégia de adaptação da Termope.

A parceria contou também com eventos de capacitação (palestras, workshops, webinars) para o corpo técnico da Neoenergia, ministrados por professores titulares da UFRJ e pesquisadores do Centro Clima, com o objetivo de promover o tema da resiliência climática, adaptação e criar massa crítica para a sua atuação nesta área.

Entre final de 2019 e início de 2020, em uma iniciativa de integração academia-empresa, alguns alunos de mestrado e doutorado do PPE compuseram três grupos e desenvolveram soluções para desafios reais de mudança climática e de meio ambiente para a Termopernambuco, a Coelba (Redes) e a geração hidráulica. O desenvolvimento dos desafios e soluções encontradas integrou conteúdo disciplinar dos cursos dos alunos na COPPE. Além disso, a convite da Neoenergia, o Professor Emilio La Rovere, coordenador do Centro Clima, representou o Brasil na quinta edição do Moving for Climate, iniciativa da Iberdrola em apoio ao evento climático da Conferência das Partes (COP25), realizado em Madrid, em novembro de 2019.

Confira AQUI o link para o projeto.

11 09 CentroClima noticiaO Projeto ICAT é desenvolvido em parceria pelo Centro Brasil no Clima e o Centro Clima (Coppe/UFRJ) e conta com apoio da Initiative for Climate Action Transparency (ICAT) e da UNEP DTU Partnership, formada pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente e pela Universidade Técnica da Dinamarca.

Na primeira fase do projeto, realizada em 2019, foram elaborados três cenários de emissões de GEE para os horizontes de 2025 e 2030 e propostos sistemas de indicadores de monitoramento, verificação e reporte (MRV) para avaliar as ações propostas para a implementação da NDC brasileira. Os resultados indicaram que a adoção dessas ações pode levar a uma redução das emissões superior à meta atual, mostrando que há espaço para tornar a NDC brasileira mais ambiciosa.

Atualmente, na segunda fase, o foco do projeto está no nível subnacional, buscando avaliar as ações climáticas adotadas pelos estados. Este trabalho inclui desde a análise do perfil de emissões, até a construção de cenários de emissões e a elaboração de um sistema de MRV para os estados. Além desse componente técnico, o projeto conta também com um eixo de conscientização, cujo objetivo é capacitar os estados para que possam conduzir suas próprias avaliações e aumentem seu engajamento.

O “Workshop de capacitação para estados parceiros” faz parte de uma série de workshops que tem como objetivos engajar os estados na agenda climática apresentando conceitos e instrumentos relacionados ao tema, e promover a participação de atores no nível subnacional na elaboração dos estudos que estão sendo realizados. Para este workshop inicial, o objetivo é promover uma capacitação junto aos estados parceiros abordando alguns dos principais tópicos dentro da agenda climática.

Confira o Workshop:


Confira as informações do Projeto AQUI

16 09 Lima Noticia LTCConheça o NOVO site do Laboratório de Transporte de Carga (LTC) do Programa de Engenharia de Transporte (PET) da COPPE/UFRJ que disponibiliza o acervo de 10 anos de atividades de uma seleta equipe de alunos, pesquisadores e professores.

Estão disponíveis para download (gratuito) 12 teses de doutorado, 16 dissertações de mestrado e 11 trabalhos de conclusão de curso sobre temas que vão da sustentabilidade em logística e transporte (47% dos títulos) ao planejamento logístico, do transporte e a prática da multimodalidade (33%), passando por temas como ensino em logística e transporte (10%) e logística reversa (10%).

Você também poderá ter acesso a divulgação de 90 artigos científicos, muitos deles com download gratuito, sobre os dois principais projetos de pesquisa do LTC (sustentabilidade em mobilidade e logística e cenários prospectivos futuros para uso de energia em transportes), bem como a relatórios de 23 projetos de pesquisa concluídos, material de disciplinas correlatas e as aulas de nivelamento sobre transporte, uso de energia e impactos ambientais.

Conheça o trabalho da equipe do LTC!

Visite AQUI o site.

08 07 CentroClima noticia2As cidades permanecem sendo afetadas por eventos extremos relacionados à variabilidade e mudança do clima. A ciência do clima fornece informações úteis às respostas dos desafios que as mudanças climáticas apresentam às cidades, agora e no futuro. O estudo Use of Climate Change Projections for Resilience Planning in Rio de Janeiro, realizado por membros da UCCRN, apresenta diferentes métodos de projeções de clima para a cidade do Rio de Janeiro e observa que o processo interativo de comunicação dos riscos climáticos entre cientistas e gestores da cidade contribui para a governança da cidade em prol da resiliência climática sustentável. O artigo sobre o estudo foi publicado pela autoria de Martha Barata, Daniel Bader, Claudine Dereczynsk, Pedro Regoto e Cynthia Rosenzweig.

No estudo, foram usadas três metodologias diferentes para documentar e comparar as projeções de temperatura e precipitação para a cidade do Rio de Janeiro (RJ) ao longo do século XXI. O objetivo é explorar de que maneira as diferenças e semelhanças dessas metodologias e seus resultados apoiam a incorporação de riscos climáticos no planejamento urbano, além de contribuir para a governança das mudanças climáticas nas cidades. Foram comparadas as projeções para RJ do Modelo Regional de Clima do Eta, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em conjunto com dois modelos climáticos globais (Global Climate Models – GCMs) do Hadley Center,) (método Eta-HadCM3 e método Eta-HadGEM2-ES) e 33 GCMs do Coupled Model Intercomparison Project Phase 5 (Urban Climate Change Research Network - método UCCRN).

Os três métodos mostraram temperaturas crescentes no RJ no final do século XXI. As projeções de precipitação abrangem uma redução de 13% a um aumento de 12% ao usar o método UCCRN ou são reduzidas entre 0,4 e 0,5% ao usar o método Eta-HadGEM2-ES. No entanto, o intervalo médio das projeções da UCCRN e Eta-HadGEM2-ES é semelhante.

Verifica-se que a aplicação desses diferentes métodos de projeção de mudanças climáticas na escala da cidade, facilitada por processo de comunicação clara e interativa entre cientistas e partes interessadas pode contribuir para melhor planejar a cidade, bem como definir estratégias de adaptação , que contribuam para a redução de potenciais perdas socais, econômicas e ambientais nas cidades decorrentes de esperados eventos climáticos futuros .A Urban Climate Change Research Network (UCCRN) é um consórcio de mais de 800 indivíduos dedicados à análise da mitigação e adaptação às mudanças climáticas sob uma perspectiva urbana. Os membros da UCCRN são estudiosos e especialistas de universidades e organizações de pesquisa. Eles abrangem uma ampla gama de conhecimentos, incluindo cientistas climáticos; especialistas em ilhas urbanas de calor e em qualidade do ar; cientistas de impacto das mudanças climáticas; cientistas sociais, incluindo cientistas políticos, planejadores e economistas; e urbanistas e planejadores.

Clique AQUI para conferir o artigo na íntegra.

Pesquisadores - Projeto Imagine

Emilio Lèbre La Rovere

Michele Cotta

Michele Cotta holds a degree in Forest Engineering, Master's Degree in Forestry Sc

Lisandra Gomes Mateus

Researcher at the Centro Clima (COPPE/UFRJ) and PhD student at the Energy Planning

Pedro Ninô de Carvalho

Economist, PhD candidate at the Federal University of Rio de Janeiro and the École

Carolina Burle Schmidt Dubeux, D.Sc.

PhD in Energy and Environmental Planning, senior researcher at Centro Clima/COPPE/

Daniel Schmitz, D.Sc.

PhD in Transport Engineering at the Federal University of Rio de Janeiro (Coppe-UF

George Goes, D.Sc.

PhD in Transport Engineering and postdoctoral researcher at the Federal University

Erika Carvalho Nogueira

Environmental Engineer (UFRJ), with a sandwich undergraduate degree from the Austr

Bruna Guimarães

Works as a researcher at the Center for Integrated Studies on Climate Change and t

William Wills, D.Sc.

Senior consultant at CentroClima and director at the Brazilian Climate Center, boa

Topo